segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

13 de Janeiro de 2020 - Cinquenta Anos do Maior Desastre Ferroviário da Paraíba - Curva da "Maria Cabocla"

Olá amigos do HFPB. Hoje, 13 de janeiro de 2020, na primeira postagem deste ano, completa exatos 50 anos do maior desastre ferroviário da Paraíba
Este desastre, já foi publicado anteriormente, por três vezes, porém, a postagem de hoje, tem uma conotação especial, se trata do cinquentenário da terrível tragédia do descarrilamento do trem BN-2, conduzida pela locomotiva diesel-elétrica da Alco de número 819, na chamada "Curva da Maria Cabocla".
Localizada entre Campina Grande e o distrito de Galante, no KM 61 do ramal da RFN até Sousa, a 2,5 km da estação de Galante, a tragédia da "Curva da Maria Cabocla" já foi tema em postagens anteriores. Segundo relatos de moradores da região, o local tem um histórico de acidentes ocorridos anos antes, sem maiores consequências, porém, naquele dia 13 de janeiro, ocorreu diferente, um acidente de proporções trágicas.
A história do acidente foi relatada nestas postagens mais antigas, portanto não será necessário relembrar com detalhes o ocorrido naquela fatídica terça-feira, dia 13 de janeiro de 1970.
Em memória as vítimas, visitei pela manhã o local exato do acidente. No local foi erguido uma capela de denominação Nossa Senhora das Dores, em homenagem as vítimas, deixando um saldo de 13 mortes e aproximadamente 149 feridos. A referida capela foi inaugurada em 13 de janeiro de 1971.
A tragédia ainda está viva na memória de muitos, como o do Sr. José Vicente, conhecido como Graciano, ferroviário aposentado que coincidentemente estava em transito nesta manhã na localidade e tive a oportunidade de conversar um pouco sobre o fato. Ele me relatou que no trecho entre Galante e Ingá ocorria inúmeros descarrilamentos, sobretudo de composições de cargas. "Para se ter uma ideia, chegava a descarrilar até duas composições por semana." Relata o senhor José Vicente pela grande quantidade de descarrilamentos no período em que esteve a serviço da RFFSA no trecho serrano do Ramal Itabaiana - Campina Grande
Realmente, no trecho mencionado pelo ex-ferroviário a quantidade de curvas, subidas e descidas pelo Planalto da Borborema é bem elevada, requerendo uma habilidade ímpar ao maquinista de tais composições. 
Mas como mencionado em postagens anteriormente, há controvérsias do real motivo do fato, uns afirmam alta velocidade por parte do maquinista, e o mesmo afirma que um "refluxo" tenha ocasionado o tombamento dos carros de passageiros levando a um grande barranco com cerca de 6 metros de altura.
Neste cinquentenário, deste trágico acidente, deixo aqui minhas singelas homenagens a todas as vítimas daquela fatídica tarde de 13 de janeiro de 1970. 

A famosa, porém trágica Curva da Maria Cabocla cinquenta anos depois da tragédia.

Local exato aonde a composição tombou, deixando um saldo de 17 mortes de mais de 140 pessoas feridas.

Altura do grande aterro cujo a composição veio abaixo

Registro no início da curva, ao fundo observa-se a Capela de Nossa Senhora das Dores

Capela de Nossa Senhora das Dores, erguida em 1971 em homenagem as vítimas do trágico acidente

Registro ao lado da Capela Nossa Senhora as Dores

Percorrendo o trecho

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