domingo, 19 de maio de 2019

Aspectos Atuais da Linha Férrea em Sertãozinho

Olá amigos do HFPB. Como todos nós sabemos, a linha férrea paraibana, assim como grande parte da ferrovia brasileira passa por um estado de degradação e abandono. 
Nos últimos cinquenta anos ramais, estações, armazéns, residências ferroviárias, linhas, entre outros, vem passando por períodos de desvalorização, sucateamento e total desrespeito a a este meio de transporte que impulsionou a economia brasileira por décadas. Erro crasso das autoridades e órgãos competentes em "abandonar" quase que por completo nossas ferrovias.
No caso da Paraíba, a situação é ainda pior, estações, linhas, ramais e outras dependências praticamente sucumbiram ao abandono injustificável de décadas. Em visita ao município de Sertãozinho em janeiro último, região de Guarabira, Agreste paraibano, o amigo, aventureiro e pesquisador pirpiritubense, Emival G. Barros, constatou o estado de completo e absoluto desprezo e abandono da malha ligando Guarabira ao Rio Grande do Norte
Este ferrovia foi inaugurada em 1 de janeiro de 1904 com o intuito de unir via férrea os estados da Paraíba com o Rio Grande do Norte, possibilitando a praça de Natal ligar também com o estado de Pernambuco, unindo assim os três estados nordestinos através do "cinturão de ferro".  O tráfego de trens de passageiros foi interrompido em 1979 e de cargas em 1999. Nesta última viagem em 1999 de um trem de carga, segundo relatos de moradores de Guarabira, a composição transportava de alguns veículos militares, carregamento de sal, blocos de ferro, combustível entre outros. 
Ficando assim a partir de então desde aquela data em completo e total abandono. 
Emival gentilmente envio as imagens da visita, e o que o mesmo constatou não é nada agradável. Descreverei o que o amigo viu no município:

"As fotos por si falam, os trilhos desde da entrada de Sertãozinho até a saída para a cidade de Duas Estradas estão soterrados, pouco se ver, na entrada (sentido Sertãozinho - Duas Estradas) tem um corte que já praticamente desapareceu, aterros sumiram, da velha estação só resta a plataforma que também mal dá pra se ver. Próximo tem umas ruínas que acredito serem do antigo armazém, ou depósito. 
Também na entrada da cidade já não se ver  mais os trilhos, asfaltaram tudo, na antiga PN (Passagem de Nível). "

Emival ainda percorreu parte do trecho da ferrovia e constatou o vandalismo e roubo de trilhos em um trecho que compreende entre o Sítio Castanha Velha até as proximidades da cidade. Resumindo, em um trecho de aproximadamente 2 a 3 quilômetros de trilhos furtados.
Estruturalmente para se fazer uma comparação, a estação de Sertãozinho era semelhante a estação de Duas Estradas. Felizmente esta última preservada e recentemente restaurada pela municipalidade, constituindo em um espaço para o turismo. 
Lamentavelmente este é um dos piores quadros já vistos na Paraíba em questão de preservação da malha férrea. Confira abaixo as imagens de Emival em Sertãozinho:


Parte da plataforma da antiga estação local.

Trilhos enterrados na entrada de Sertãozinho

Um dia o trem passou por aqui. Constatada pelos postes de telégrafos ainda resistentes ao tempo.

Restos da plataforma do antigo armazém.

Restos dos trilhos e plataforma da estação.

Restos da antiga plataforma da estação.

Trilhos enterrados. Um dia o trem passou por aqui.

Imagem da década de 1960 de uma família (desconhecido) ao lado da velha estação de Sertãozinho.  Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br






sexta-feira, 17 de maio de 2019

Aspectos da Linha Férrea em Galante

Olá amigos do HFPB. Em visita no mês de março último ao distrito campinense de Galante, percorri um trecho da linha férrea entre a antiga estação local e a famosa, porém trágica, curva da "Maria Cabocla", trecho este correspondente de 2,5 km. 
Trecho curto mas acompanhado com uma paisagem deslumbrante da Serra do Bodopitá e do Açude José Rodrigues e adjacências. 
As primeiras chuvas do corrente ano renovaram ainda mais o verde e exuberância da natureza agrestina e serrana da região.
O trecho atualmente está paralisado, funcionando apenas no período junino todos os anos, quando acontece o famoso passeio ferroviário animado ao som de trios de forró em cada vagão, entre a estação velha de Campina Grande (Museu do Algodão) e o referido distrito. 

Linha no trecho urbano do distrito

A beleza da paisagem agrestina com a Serra do Bodopitá ao fundo



Pequeno bueiro antes do corte na rocha

Corte na rocha próximo a curva da Maria Cabocla


Curva da Maria Cabocla

Capela construída em homenagem as vítimas do acidente de 13-01-1970







A bela paisagem agrestina do município campinense