sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Viaduto da Serra da Viração (Salgadinho)



O viaduto em 1957.

O viaduto em 1957.

O viaduto da Serra da Viração está localizado no município de Salgadinho no Km 129, entre as estações de João Leite, antiga Estaca Zero, e Abismo, antiga Salgadinho. O viaduto foi inaugurado no dia 15 de Setembro de 1957 pela RFN (Rede Ferroviária do Nordeste), no trecho que liga Campina Grande a Patos. Trata-se do maior viaduto já construído no Nordeste, com 190 metros de comprimento e 44 metros de altura. A construção do viaduto foi confiada à empresa construtora Camillo Collier Ltda, uma das principais firmas contratantes dos serviços executados pelo Departamento Nacional de Estradas de Ferro, no ramal de Campina Grande. A construção do viaduto teve início em Outubro de 1955 e foi concluída dentro de vinte e quatro meses, em Setembro de 1957. A obra na época custou cerca de 16 milhões de cruzeiros. Foram utilizados na construção do viaduto 229 toneladas de ferro nas armaduras, 1712 m3 de concreto, 9.000 ml de madeira quadrada empregada na confecção do escoamento, 957 m3 de escavações para fundações e 170.000 toneladas para o transporte de materiais. As fotos antigas foram retiradas do jornal Diário da Borborema de 17 de Setembro de 1957

Fontes: www.estacoesferroviarias.com.br & http://www.panoramio.com/photo/47151148

Viaduto dos Oitis (Salgadinho)


A ponte dos Oitis, está localizada no município de Salgadinho, sobre o rio de mesmo nome, entre as antigas estações de Salgadinho e Areia de Baraúna, no Km 135,47, no trecho que liga Campina Grande - Patos, inaugurado em 1958. A ponte foi construída entre 1956/1957 pela construtora Camillo Collier Ltda, a pedido da RFN (Rede Ferroviária do Nordeste). A ponte dos Oitis tem 45 metros de comprimento, e cerca de 25 metros de altura. Seu nome é vem por causa do fruto da Oitizeira o Oiti, comum no estado da Paraíba. A ponte foi montada a partir de concreto, ferro e sua base de pedras, ela tem como característica principal as duas grandes colunas no seu centro que sustentam toda a estrutura. Foto de 1957 (Diário da Borborema).

Hitórico do ramal

O ramal de Cabedelo foi aberto em 1881 ligando a estação de Entroncamento (hoje Paula Cavalcanti) à Parahyba, nome então da capital do Estado, que em 1930 passou a se chamar João Pessoa. Somente em 1889 o ramal chegou a seu destino final, o porto de Cabedelo. Hoje (2006), apenas parte desse ramal (Santa Rita-Cabedelo) serve aos trens metropolitanos da CBTU, não existindo, desde os anos 1970, os trens de passageiros de longa distância que ligavam João Pessoa a Recife, Campina Grande e Natal.

Hitórico do ramal

 Mapa do ramal nos anos trinta. fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/paraiba/fotos/linhanorte_mapa.jpg

A linha que originalmente unia a estação de Brum, no Recife, a Pureza, próximo à divisa entre Pernambuco e Paraíba, foi aberta de 1881 a 1883 pela Great Western do Brasil, empresa inglesa que tinha a posse e a concessão da E. F. Recife ao Limoeiro. Esta linha avançou até Pilar, na antiga E. F. Conde D'Eu, incorporada à GW em 1901, onde sua linha, aberta em 1883, entre outros ramais, avançava até Nova Cruz, já no Rio Grande do Norte e da E. F. Natal a Nova Cruz, que também passou à GW, na mesma época. Para ligar estas duas últimas, a GW construiu em 1904 um trecho de 45 km, formando então o que veio a ser chamado de Linha Norte. Quando ocorreu a venda da GW para a Rede Ferroviária do Nordeste, no entanto, o trecho do RN já não mais pertencia à GW, mas foi incorporado à RFN, e em 1957 tudo isso foi uma das formadoras da RFFSA. A linha está ativa até hoje sob o controle da CFN, que obteve a concessão da malha Nordeste em 1996, mas trens de passageiros não circulam mais por essa linha desde os anos 1980.

Hitórico do ramal



O ramal da Paraíba foi aberto ao tráfego entre 1920 e 1926, partindo da estação de Arrojado, na linha da antiga E. F. Baturité, construída em 1922 especialmente para dar partida para os trens do ramal. Entrava pela Paraíba e parava na cidade de Souza. Nesta cidade, a partir de 1933, encontrou-se também a linha Mossoró-Souza, vinda do Rio Grande do Norte. O ramal da Paraíba ainda foi prolongado até Patos, em 1944, e em 1958, com a união desta cidade com Campina Grande, foi definitivamente incorporado pela Rede Ferroviária do Nordeste, completando a ligação do Ceará com o resto do Brasil, via Paraíba e Pernambuco.

Hitórico do ramal

O trecho de 164 km entre Patos e Campina Grande foi concluído em 1958, e era justamente esta a linha que ligava o Nordete Ocidental ao Oriental, ou seja, o Ceará ao resto do Brasil. O ramal foi iniciado no início dos anos 20, partindo do Ceará. Hoje este ramal é um dos mais movimentados, em termos de cargueiros, do Nordeste, ligando Recife a Fortaleza e dali a São Luiz do Maranhão. O tráfego de passageiros no ramal foi desativado nos anos 1980.

Hitórico do ramal

 Mapa do ramal nos anos trinta. fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/paraiba/fotos/linhanorte_mapa.jpg

O ramal de Campina Grande teve seu primeiro trecho entregue em 2 de outubro de 1907, entre a estação de Itabaiana, na linha da Great Western que ligava Recife a Natal, e a cidade paraibana de Campina Grande. Do outro lado do Estado da Paraíba, entre 1923 e 1926, a Rede de Viação Cearense alcançava a cidade de Souza, partindo de sua linha-tronco que ligava Fortaleza a Crato, no Ceará, a partir da estação de Arrojado. De Souza, a RVC avançou até Pombal (1932) e depois a Patos (1944). O trecho de 164 km entre Patos e Campina Grande somente seria entregue ao tráfego em 1958, e era justamente esta a linha que ligava o Nordete Ocidental ao Oriental, ou seja, o Ceará ao resto do Brasil. Hoje este ramal é um dos mais movimentados, em termos de cargueiros, do Nordeste, ligando Recife a Fortaleza e dali a São Luiz do Maranhão. O tráfego de passageiros no ramal foi desativado nos anos 1980.

Hitórico do ramal




A E. F. Mossoró-Souza foi inaugurada em 1915 entre Porto Franco e a cidade de Mossoró, com o objetivo de se alcançar a cidade de Alexandria, na divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba. Após muitos adiamentos, o prolongamento da linha foi saindo aos poucos, em 1926 a São Sebastião e somente em 1951 a Alexandria. Por volta de 1958 chegou a Souza, encontrando-se com a linha Recife-Fortaleza nessa cidade. Nos anos 1980, a ferrovia foi desativada e seus trilhos arrancados em praticamente todo o percurso. Faziam parte do ramal na Paraíba as seguintes estações e paradas: Inveja, Santa Cruz, Goiabeira, São Pedro, São Paulo, Fortuna, Alagoinha e Souza.

Estação de Santa Cruz

O que restou da velha estação, apenas a plataforma.


Antiga casa do agente, ainda de pé.

A estação de Santa Cruz foi inaugurada possivelmente em 1952. O município pertencia na época a Sousa, tendo sua emancipação em 1962. Município pobre, destacou-se na produção de algodão. A estação de Santa Cruz foi demolida já faz alguns anos, tinha aspecto semelhante às demais estações do ramal. Hoje existe apenas a antiga plataforma e a antiga casa do agente. A estação já foi demolida.
(Fontes: Estações Ferroviárias da Paraíba, Auge e Decadência; Jonatas Rodrigues Pereira, Campina Grande, 2009. Fotos: Luizinho).

Estação de Goiabeira

O que restou da antiga casa da turma de Goiabeira da RFFSA.


A estação de Goiabeira foi inaugurada possivelmente (sem comprovação escrita) em 1952. A estação ficava localizada no município de Santa Cruz, entre as estações de São Pedro e Santa Cruz. A estação foi desativada há muitos anos sem uma data precisa, mas tudo indica que tenha sido antes dos anos 80. Atualmente resta pouquíssimos resquícios de que existiu uma ferrovia no local, sendo totalmente retirados.
(Fontes: Estações Ferroviárias da Paraíba, Jônatas Rodrigues Pereira, 2009; http://www.estacoesferroviarias.com.br/).

Estação de São Pedro



A estação atualmente, em péssimo estado de conservação.

Antiga casa da companhia e os trilhos retirados do ramal.

A estação de São Pedro foi inaugurada possivelmente em 1952, mas não consegui confirmação desta data. Localiza-se no distrito de mesmo nome no município de Santa Cruz. Ainda está de pé, embora com uso desconhecido, de acordo com Adriano Perazzo, em 07/2006. Existiu uma outra estação com este mesmo nome na linha Natal a Macau. Foi desativada há muitos anos antes mesmo dos anos 90.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Estação de Cajazeiras


A estação de Cajazeiras foi inaugurada como estação terminal do ramal de Cajazeiras em 5 de agosto de 1926. Foi desativada com o ramal, em 1971. Está de pé até hoje. A estação foi tombada em 2001 pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba), pelo decreto de Nº 22.082 de 2001. Atualmente serve de sede para o Núcleo de Extensão Cultural. UFPB/CFP/NEC.

Estação de Santa Helena

A estação de Santa Helena foi inaugurada em 1 de março de 1955. "Da Estação de Santa Helena, só restou o cacimbão que abastecia as antigas locomotivas a vapor" (Adriano Perazzo, 12/2006).
(Fontes: Adriano Perazzo, 2006; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960).

Estação de Brejo das Freiras

A estação de Brejo das Freiras foi inaugurada em 1922, sem uma data precisa. A estação foi desativada há muitos anos e já foi demolida. (Fontes: Adriano Perazzo, 2006; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)

Estação de São João do Rio do Peixe


A estação em 1957


A estação de São João do Rio do Peixe foi inaugurada em 1925, como atesta no fronte da estação. Porém o primeiro trem tenha circulado em 1922. Em 1932 passou a se chamar Antenor Navarro. De 1926 a 1971 dali também saíam os trens para o ramal de Cajazeiras. Em 1989, a cidade voltou a se chamar São João do Rio do Peixe. A estação está de pé até hoje (2006). Foi desativada pela RFN em 1964. Foi tombada pelo PHAEP em 2001.
(Fontes: Adriano Perazzo; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-1980; João Carlos Reis Pinto; Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol. XVI, IBGE, 1959; Rildo, 2004; Jonatas Rodrigues, 2009).

Estação de Sousa





A estação de Sousa foi inaugurada em 13 de maio de 1926, porém o primeiro trem chegou a Sousa em 1922. Nesta estação terminava o ramal da Paraíba, continuando, a partir de 1932, quando foi continuada, a linha pela da antiga Rede Ferroviária do Nordeste (RFN), para Itabaiana, na própria Paraíba. Também era ali que chegava a linha Mossoró-Souza, a partir de 1951/52. Hoje, a linha é contínua desde o Ceará até a antiga linha Norte da RFN. Serve apenas de dormitório e troca de operários e maquinistas atualmente.

Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br

Estação de Acauã

A estação de Acauã foi inaugurada no final dos anos vinte, sem data certa, pela Rede de Viação Cearense no então ramal da Paraíba. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre as estações de Patos, então já a ponta de linha no ramal da Paraíba desde 1944, e Campina Grande e a RFFSA, já controlando as duas linhas, incorporou não só o trecho Patos-Campina Grande como também o trecho Souza-Patos, onde se encontrava a estação de Pombal, à rede da RFN. A localidade onde fica a estação é banhada pelo Rio do Peixe, no planalto de Sousa, predominando a pecuária e a produção de algodão, milho e frutas. A estação serviu por muito tempo de escoamento destes produtos. Infelizmente com a privatização da RFFSA ela foi desativada. (Fontes: Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Jonatas Rodrigues).

Estação de São Domingos de Pombal

A estação de São Domingos de Pombal foi inaugurada em 24 de outubro de 1932 pela Rede de Viação Cearense no ramal da Paraíba. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre as estações de Patos, então já a ponta de linha no ramal da Paraíba desde 1944, e Campina Grande e a RFFSA, já controlando as duas linhas, incorporou não só o trecho Patos-Campina Grande como também o trecho Souza-Patos, onde se encontrava a estação de Pombal, à rede da RFN. A estação foi desativada há muitos anos sem data precisa. (Fontes: Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Jonatas Rodrigues).

Estação de Pombal


A estação de Pombal foi inaugurada em 24 de outubro de 932 pela Rede de Viação Cearense, como ponta de linha do primeiro prolongamento do ramal da Paraíba. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre as estações de Patos, então já a ponta de linha no ramal da Paraíba desde 1944, e Campina Grande e a RFFSA, já controlando as duas linhas, incorporou não só o trecho Patos-Campina Grande como também o trecho Souza-Patos, onde se encontrava a estação de Pombal, à rede da RFN. "Falem-me de Pombal! Digam-me das suas ruas antigas. Da feira aos sábados com os cordelistas do Pavão Misterioso e Lampião no inferno. Falem-me do banho no rio, do violão de Bideca, da cachaça gostosa, do futebol nos bancos de areia e da bolacha peteca na padaria de seu Napoleão. (...) E o tempo passando por nós. Falem-me do grupo João da Mata, O bloco de sujos batendo lata pelas ruas de Pombal. Digam que ainda escuto o apito do trem Asa Branca chegando numa estação com seus passageiros apressados que não se reconhecem mais. Alguém, fale-me de Pombal!" (Pombal em Saudades, Jerdivan Nóbrega de Araújo, João Pessoa, PB). A estação de Pombal está tombada pelo IPHAEP da Paraíba.
(Fontes: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Jonatas Rodrigues, 2007; Alberto Martins da Matta, 2005; www.marcoslacerda.hpg.ig.com.br; Pombal em Saudades, Jerdivan Nóbrega de Araújo; Expedição Terra da Gente, Paraíba, 2007).

Estação de Arruda Câmara

A estação de Arruda Câmara foi inaugurada no final dos anos trinta, sem data precisa, pela Rede de Viação Cearense. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre as estações de Patos, então já a ponta de linha no ramal da Paraíba desde 1944, e Campina Grande e a RFFSA, já controlando as duas linhas, incorporou não só o trecho Patos-Campina Grande como também o trecho Souza-Patos. Sem mais informações sobre esta estação. (Fontes: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960). Possivelmente o prédio foi demolida há muitos anos.

Estação de Condado

A estação de Condado foi inaugurada em 1944 pela Rede de Viação Cearense, 12 anos depois da abertura do trecho na qual estava. Porém o prédio foi construído bem antes. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre as estações de Patos, então já a ponta de linha no ramal da Paraíba desde 1944, e Campina Grande e a RFFSA, já controlando as duas linhas, incorporou não só o trecho Patos-Campina Grande como também o trecho Souza-Patos. Sem mais informações sobre esta estação, possivelmente demolida. Deveria seguir o mesmo estilo arquitetônico da estação de Malta. (Fontes: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960).

Estação de Malta

Estação em 1957.


A estação de Malta foi inaugurada provavelmente em 1944, sem data conhecida. Mas a sua construção vem do início dos anos quarenta. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre Patos e Campina Grande e a RFFSA, já controlando as duas linhas, incorporou não só esse trecho como também o trecho Souza-Patos à rede da RFN, onde estava a estação de Malta. Foi desativada há muitos anos, sem data precisa. O prédio ainda está de pé, porém abandonado.

Estação de Argemiro de Sousa

A estação de Argemiro de Souza foi inaugurada em 1944 pela Rede de Viação Cearense no ramal da Paraíba. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre esta estação e Campina Grande e a RFFSA, já controlando as duas linhas, incorporou não só o trecho Patos-Campina Grande como também o trecho Souza-Patos à rede da RFN. Sem mais informações sobre a estação, possivelmente demolida há muitos anos, quando deixou de operar pela RFFSA. Localizava-se no município de Patos.

Estação de Patos


A estação de Patos foi inaugurada em 19 de abril de 1944 pela RVC ( Rede de Viação Cearense), como ponta de linha do segundo prolongamento do ramal da Paraíba. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre esta estação e Campina Grande e a RFFSA, já controlando as duas linhas, incorporou não só o trecho Patos-Campina Grande como também o trecho Souza-Patos à rede da RFN. Segue o estilo Art Decó, muito presente nas estações construídas nos anos 30, 40 e 50. Foi desativada em 1997 pela CFN.

Estação de Aluísio Beltrão

A estação de Aluísio Beltrão foi inaugurada em 1958 na linha aberta nesse ano ligando Patos a Campina Grande. Não sei a situação atual do prédio. Foi construída pela RVC (Rede de Viação Cearense) A cidade onde estava a estação se chama hoje Cacimba de Areia. Não sei a situação atual do prédio. Foi desativada há muitos anos, sem uma data presica.

Estação de Espinharas


 Estação de Espinharas em 1957

A estação de Espinharas foi inaugurada em 1957 na linha aberta nesse ano ligando Patos a Campina Grande. Duas empresas se encarregaram de construir a linha. Atualmente a cidade se chama Passagem. No sentido Oeste-Leste a empresa RVC, concluía o ramal da Paraíba. Já no sentido Leste-Oeste, a incumbência construtiva era da empresa Camillo Collier, parceira da RFN, sendo a estação de Espinharas o encontro dos trilhos em 1958. Havia diferenças entre os trechos. Antes de Espinharas (a estação se chamava por este nome) as estações eram erguidas à base de madeira, o aterro feito a carro e as perfurações conseguidas mediante marretadas. No entanto, a partir de Espinharas o trabalho já se constitui mecanizado. O encontro das linhas da RVC e da RFN foi em Passagem. em 1958, quando a obra ficou pronta.
As estações passaram a ser levantadas tendo por base a pedra, o aterro trazido pelas caçambas e as perfurações efetivadas pelo compressor. De três em três léguas era erguida uma estação. Foi desativada nos anos noventa pela RFFSA. Não sei a situação atual do prédio.

Estação de Areia de Baraúna




 Estação de Areia de Baraúna em 1957

A estação de Areia de Baraúna foi inaugurada em 1957 na linha aberta nesse ano ligando Patos a Campina Grande. A companhia responsável pela sua construção foi a Camillo Collier Ltda, que foi uma das responsáveis pela construção de estações, pontes, aterros, bueiros, entre outros.
Areia de Baraúna na época era distrito de Patos, depois passou para o município de Passagem e em 29 de Abril de 1994, conseguiu a sua emancipação política. Pertence à região do Sertão Paraibano e na microrregião de Patos. Pertence ao município de mesmo nome. A estação segue a linha das demais construídas no ramal, em estilo Art D'ecó, sob base de pedras e construída a partir de concreto armado, e linhas arquitetônicas retangulares. A estação de Areia de Baraúnas foi desativada oficialmente em 1997 pela RFFSA, embora ainda hoje trafegue trens de carga pelo ramal, quase que diariamente.

(Fontes: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Jonatas Rodrigues, 2007).

Estação de Salgadinho


Ilustração de como seria a estação de Salgadinho

A estação ferroviária de Salgadinho foi inaugurada em 1957 pela empresa pernambucana Camillo Collier Ltda, a mando da RFN (Rede Ferroviária do Nordeste), na linha aberta no ano seguinte ligando Patos a Campina Grande. No município encontra-se antes da cidade o famoso Viaduto da Serra da Viração, o maior do Nordeste, com seus 190 metros de comprimento e 44 de altura. Esta ponte foi construída entre 1955 e inaugurada em 15 de Setembro de 1957, no mesmo ano de inauguração da estação. Encontra-se também no município o Viaduto dos Oitis, com 45 metros de comprimento. "Vi em Salgadinho, cidade onde fica a estação de Abismo, que depois também se chamou Salgadinho, no sertão da Paraíba, uma caixa dágua dupla de concreto, enterrada, ao lado da estação. O maquinista me explicou que a caixa era abastecida por trem, porque a água da região é péssima. Metade da caixa é para os ferroviários e famílias a outra para a população em geral. A distribuição da água é com hora marcada e já se fazia fila (principalmente crianças que lá são abundantes), com latas, ao lado da caixa, que estava trancada com cadeado" (Coaraci Camargo, 12/2005).

Estação de Assunção (antiga Estaca Zero)

O que restou da estação, sem resquícios.

A estação de Estaca Zero foi inaugurada em 1957 na linha aberta nesse ano ligando Patos a Campina Grande. Seguia a linha das estações da RFN construídas no Nordeste nos anos 50. Nos anos 1960, seu nome foi alterado para João Leite. Atualmente a cidade onde fica a estação tem o nome de Assunção. "Estive lá há pouco tempo atrás e observei que a Estação de João Leite, no ramal da Paraíba, ainda ostenta em suas paredes o nome de Estaca Zero" (Adriano Perazzo, 11/2006). A estação foi desativada em 1997, e o prédio junto com todo o complexo ferroviária com vila e armazém foram criminosamente demolidos.

Estação de Juazeirinho



A estação de Juazeirinho foi inaugurada em 16 de Janeiro de 1957, quando o Presidente Juscelino Kubitscheck inaugurou oficialmente a Estação de Juazeirinho, quando foi aberta também o trecho Campina Grande-Juazeirinho. No ano seguinte foi inaugurado o resto do trecho Campina Grande-Patos. (Síntese histórica de Campina Grande, 1697-1964, 2005). Os trens passaram a circular de Campina Grande até Juazeirinho, às segundas e sextas-feiras (jornal Diário da Borborema, 1957). Hoje é uma das estações operacionais da CFN.

Estação de Soledade



A estação de Soledade foi inaugurada em 1956, quando o primeiro trem de cargas chegou na estação; no ano seguinte (1957) chegava o primeiro trem com passageiros vindo de Campina Grande. É possível que a inauguração de 1958 tenha sido o ato oficial do trecho Patos-Campina Grande.
A estrada de ferro exerceu importante papel para o desenvolvimento da cidade de Soledade, mas após o asfaltamento da BR-230 no final dos anos 60 a atividade ferroviária entrou em declínio. A estação ocupa espaço restrito, obedecendo a um estilo simples, sem qualquer sofisticação, fruto, talvez, da rapidez exigida para a conclusão das obras, tendo em vista à extrema necessidade do serviço em terminar o trecho que ligaria o Ceará ao nordeste ocidental. O prédio caracteriza-se principalmente pela simplicidade de sua volumetria. Como o seu objetivo básico era abrigar passageiros para embarque e desembarque, a arquitetura não teve maiores ambições plásticas, sendo ela construída em art decô, contemplando apenas os espaços imprescindíveis para atender adequadamente aos passageiros. A estação encontra-se hoje (2006) desativada e o prédio está em ruínas, bem como o seu armazém, ambos tomados pelo mais completo abandono. Junto à estação existe uma ponte sobre o riacho do Padre, e em frente ao pátio, uma fábrica de caulim.
(Fontes: Jônatas Rodrigues, 05/2006; Adriano Perazzo, 2007; Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)

Estação de Engenheiro Benévolo.

A estação de Engenheiro Benévolo foi inaugurada em 1955 na linha aberta nesse ano ligando Patos a Campina Grande. Localiza-se no município de Olivedos. Foi desativada antes dos anos 90. Não sei o estado atual da estação.(Fontes: Jônatas Rodrigues, 05/2006; Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)

Estação de Pocinhos





Casa do agente

A estação de Pocinhos foi inaugurada em 1954 (não sei a data certa da inauguração) . Por muitos anos, desde os anos 1920, a cidade de Pocinhos esteve destinada a ser passagem da linha que ligaria a Paraíba ao Ceará (E. F. Ceará-Paraíba). Em 1922, havia intensas obras da ferrovia na região, abandonadas logo em seguida. Quem cuidava na época de boa parte das ferrovias do Nordeste, inclusive dali, era o IFOCS (Instituto Federal de Obras contra as Secas) e a ferrovia ali estava sendo contruída não somente como ligação dos dois Estados como também para facilitar a construção dos diversos açudes no Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte que também estavam sendo construídos na época. Com o abandono do projeto todo por Artur Bernardes, Presidente da República empossado em novembro de 1922, alegando falta de dinheiro, a ligação tamém parou, sendo retomada somente nos anos 1950, porém, não a ligando Alagoa Grande a Pocinhos, como seria em 1922, mas sim Campina Grande a Pocinhos, e dali a Patos, onde a ferrovia já estava desde os anos 1920.
Por muito tempo a estação serviu de parada para passageiros no ramal de Campina Grande. Também era por ela que se exportava o maior produto da região, o sisal, para o porto de Cabedelo, proporcionando inúmeros benefícios para a cidade de Pocinhos. Infelizmente depois da privatização da RFFSA em 1997, o produto não pôde ser mais exportado através da estação. A estação é semelhante estruturalmente com as estações de Puxinanã, Soledade e Juazeirinho. A estação de Pocinhos foi desativada na década de 1990, pela RFFSA. O prédio hoje serve como moradia. A vila ferroviária também está de pé. Já o armazém está em ruínas, sem o teto (2006). A estação serviu de cenário no final do filme "Cinema, Aspirinas e Urubus", de 2005, ambientado, entre outros locais, em Pocinhos. Com três erros históricos graves: em 1942, nem a estação existia, nem havia linha ali, nem o trem poderia ir dali a Fortaleza (como aparecia no filme), nem a Great Western tonha locomotivas diesel (nessa época de 1942, apenas a VFFLB, na Bahia, as possuía no Brasil). Além do mais, a pintura não condiz com nenhuma pintura da GWBR, sendo esta uma pintura moderna.
(Fontes: Jonatas Rodrigues, 2006/09; www.estacoesferroviarias.com.br).

Estação de Puxinanã


A estação de Puxinanã foi inaugurada em 4 de abril de 1951 pela RFN, na ligação ferroviária Patos-Campina Grande, mas a construção da estação foi terminada alguns anos antes. A estação de Puxinanã se chamava Floripes Coutinho, em homenagem ao importante chefe político da região de Pocinhos e Puxinanã falecido na década de trinta. De acordo com a matéria da revista Manaíra, de Campina Grande, de junho de 1951, “dezenas de automóveis não conduziriam no dia 4 de Abril do corrente ano a quantidade de homens e mulheres que três lastros trouxeram à Puxinanã nesse dia para assistirem a inauguração do trecho da Rêde Ferroviária do Nordeste. A festividade foi imponente dentro daquele ambiente de alegria e simplicidade em que os Drs. Pedro e Camilo Collier se apresentavam risonhos e cheios de satisfação pela conquista de mais um povoado ligado à rainha da Borborema através do prolongamento da estrada de ferro Campina Grande-Patos. Ali muitas famílias poderão construir as suas casas residenciais e terem tranzações diárias com Campina Grande tamanha a facilidade de transporte adquirida com a realização excepicional da Empreza Construtora Camilo Collier Ltda. A inauguração, naquele dia, na área jurídica de Puxinanã, do trecho da estrada de ferro que liga Campina Grande ao Estado do Ceará foi presenciada por autoridades federais e estaduais. Destacamos entre as pessoas presentes o sociólogo Lopes de Andrade representante do Exmo. Sr.. Governador José Américo de Almeida, prefeito Elpídio de Almeida, major Antonio Rodembusch vice-prefeito de Campina Grande, major Brigadeiro Alvaro Recker, Cel. Braulio Domingos, Cte. Militar da Rede 7ª, Cap. R. H.. Dobson, representante do Cte. Da 7ª Região Militar, Eng. Vicente de Brito Pereira, diretor do DNEF, Eng. Cornélio Júnior, chefe do D. Fiscal, Eng. Lauriston Pessoa Monteiro, chefe da DC-3, Eng. Gercino Pontes, diretor da RFN, Sr. João Justino Leite, Inspetor de Tráfego de RFN, srs. Aquilino Porto e Caminha França respectivamente, chefes de Tráfego e Linhas, drs. Cláudio Albuquerque do DNEF, Hortencio Ribeiro e outras pessoas de destaque”. É interessante notar que, apesar da festa de 1951, somente em 1958 a linha até Patos foi aberta com um trem regular: basta se verificar os guias ferroviários entre 1951 e 1958. Existiriam trens esporádicos para servir as cidades por onde a linha já estava operante? Não consegui esta resposta. Por muito tempo a estação serviu de parada para passageiros no ramal de Campina Grande. Também servia de transporte para mercadorias provenientes da região. O prédio apresentava uma volumetria retangular com platibandas, a plataforma de embarque e desembarque era de concreto armado, possibilitando a total desobstrução do espaço destinado aos passageiros, o imóvel apresentava traços que lembravam o Art D'ecó; o armazém e as duas casas da velha estação seguiam o mesmo estilo arquitetônico da estação. A estação era semelhante estruturalmente com as estações de Pocinhos, Soledade e Juazeirinho. A estação de Puxinanã foi desativada na década de 1980 pela RFFSA. Infelizmente o prédio foi demolido alguns anos atrás restando apenas a plataforma de embarque no local. "A estação se chamava Floripes Coutinho (só a estação, pois a cidade se chama Puxinanã mesmo), nome de um importante político da região de Pocinhos e Puxinanã, falecido na décade de 1930. Na época do prolongamento da linha de Campina Grande na região (1949), mais de 2.000 tiros de dinamite foram dados para abrir passagem, isso por causa do terreno pedregoso e elevado do município de Puxinanã: diversos cortes em rochas foram feitos. Desta forma hoje Puxinanã é conhecido como a "A cidade dos lagedos", devido à grande quantidade de grandes rochas na região que se estende até Pocinhos. O município de Puxinanã foi emancipado em 1961" (Jonatas Rodrigues, 2006). Apesar da afirmação de Rodrigues que o nome da estação era diferente do da cidade, em nenhum guia ferroviário da época este nome aparecia: era Puxinanã mesmo. Desta forma o município é conhecido como “A cidade dos lajedos”. Em 1958 a RFN terminou e entregou a ligação ferroviária entre Patos e Campina Grande. Esta linha possibilitou a ligação entre as principais capitais nordestinas, e conseqüentemente, a ligação entre o Nordeste com o Sudeste e Sul do Brasil. A estação foi desativada nos anos oitenta depois da desativação do tráfego de passageiros. Tempos depois todo o complexo ferroviário foi demolido como, estação, armazém e vila. Infelizmente não houve a preocupação de preservação de um marco tão importante para a cidade de Puxinanã. (Fontes: Jonatas Rodrigues, 2006; Guias Levi, 1932-1980; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)

Estação de Pilar



A estação de Pilar foi inaugurada em 28 de dezembro de 1883. O primeiro trecho inaugurado pela E. F. Conde D'Eu em 1881 foi o da estação do Entroncamento (Paula Cavalcânti) a Camarazal (Mulungu). Em 1883, a ferrovia foi esticada de um lado até Pilar (para se poder implantar posteriormente a linha do Brejo, ao norte) e de outro até João Pessoa. Pilar ficou como ponta de linha até 1901, quando o trecho que a uniu até a fronteira com Pernambuco foi inaugurado. Com isto, a ligação entre a Paraíba (João Pessoa) e o Recife estava completada. A estação foi desativada nos anos 70 e atualmente não conheço a situação do prédio. O prédio foi tombado pelo IPHAEP em 2001, e ainda existe embora em razoáveis condições. Alí mora uma família atualmente. (Fontes: Jônatas Rodrigues, 05/2006; Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960).

Estação de Coitezeiras



A estação de Coitezeiras foi inaugurada em 28 de dezembro de 1883. A estação serviu como cenário no filme Menino de Engenho, de 1965 e baseado em um livro publicado em 1932. Por sua vez, a trama se passava nos anos 1920 naquela região onde estava a estação. A situaçãoatual da estação é desconhecida, provavelmente em ruínas. Foi desativada pela RFN nos anos 70.

Estação de Itapuá (parada)

A parada de Itapuá foi inaugurada supostamente em 1883 - não há confirmação da data. Não conheço a situação atual da estação. (Fontes: Jônatas Rodrigues, 05/2006; Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, volume IV, 1958).

Estação de Pau-Ferro



A estação de Pau-Ferro foi inaugurada em 7 de setembro de 1883 pela Conde D'Eu Railway Company. Localiza-se no município de Gurinhém. Segue a linhadas estações construídas no ramal, sem maiores intervençoes arquitetônicas. Fica entre as estações de Mari e Mulungu. Foi desativada pela RFN antes dos anos oitenta. O estado da estação atual é desconhecido. A estação seguia a mesma linha arquitetônica das estações da época que faziam o ramal Paula Cavalcanti- Guarabira. Similar a antiga estação de Guarabira, Mari e Sapé.
Na foto acima encontra-se o Sr. Dão (João Maria de Araújo), antigo telegrafista e chefe da estação de Pau-Ferro (distrito de Gurinhém) em frente a antiga estação nos anos cinquenta.

Fontes: Trabalho digitado "Estações Ferroviária da Paraíba - Auge e Decadência. Jônatas Rodrigues Pereira, Campina Grande, 2009. &
http://joseliocarneiro.blogspot.com/2011/02/homenagem-meu-pai.html

Estação de Caiçara

A estação de Caiçara foi inaugurada em 1 de janeiro de 1904 pela GWBR. A estação se localizava no antigo distrito de Logradouro, tendo este conseguido sua emancipação política em 1994, levando consigo a velha estação, que ainda leva o nome da antiga cidade sede. Por muitos anos o município de Caiçara foi um grande produtor e exportador de sisal, especialmente no período mais próspero desta cultura, no início da década de 1950. Caiçara dividiu o status de grande produtor com os municípios de Areia, Bananeiras, Cuité, Guarabira, Pocinhos e Teixeira, sendo estes os maiores produtores de fibra se sisal na época. Esta produção era quase todo escoado através da estação, chegando a alcançar até 3 000 toneladas por anos. Não passam trens na estação desde 1999. Já a estação de Caiçara foi oficialmente desativada em 9/7/1979 pela RFFSA. Não sei o atual estado da estação.
(Fontes: Jônatas Rodrigues, 05/2006; Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960).

Estação de Duas Estradas






A estação de Duas Estradas foi inaugurada em 1 de janeiro de 1904 pela GWBR, com o intuito de ligar Guarabira de Nova Cruz-RN, instituindo então a ligação entre Paraíba e Rio Grande do Norte. A estação foi oficialmente desativada em 9/7/1979 pela RFFSA. Por ali não passa trem desde 1999.
A estação continua em pé atualmente, porém em mau estado. Segundo algumas fontes a Prefeitura Municipal pretende utilizar o espaço para criar um museu ou uma casa de cultura.


Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br

Estação de Sertãozinho

   Foto de família en frente a antiga estação nos anos sessenta.

A estação de Sertãozinho foi inaugurada em 1 de janeiro de 1904. Era na época uma pequena povoação à margem da linha férrea Guarabira-Nova Cruz. A cidade foi fundada pela ferrovia. Existe ali uma capela do Coração de Jesus, cuja imagem foi oferta da esposa do engenheiro Bochum, que trabalhou na construção da ferrovia. A estação foi oficialmente desativada em 9/7/1979 pela RFFSA.
  Na estação de Sertãozinho era o local que embarcava e desembarcava os viajantes do trem passageiro, chamado “Bacurau”, denominado assim pelos passageiros porque passava as 4h00min da madrugada vindo de Nova Cruz até Recife e só retornava a tarde. Os viajantes que não moravam em Sertãozinho, se deslocavam, a pé ou a cavalo, de suas localidades: Lagoa de Baixo, Guabiraba, São José, Carapuça, Gravatá de Piabas, Mascate, Boa Ventura e outros sítios até Sertãozinho.
   A estação foi destruída na década de 80, do século passado, pelos próprios  moradores por entenderem que desativada não tinha nem um valor para a cidade. A estação de Sertãozinho era semelhante as estações do ramal, ou seja, semelhante a estação de Duas Estradas e Caiçara.
   Foi graças a rede ferroviária que Sertãozinho tinha a facilidade de exportar seus produtos para as feiras das cidades circunvizinhas.
Fontes: http://governojovemsertaozinho.blogspot.com/2011/04/sertaozinho-minha-terra-minha-historia.html
www.estacoesferroviarias.com.br

Estação de Itamataí

A parada de Itamataí foi inaugurada em 1911 pela GWBR (Great Western of Brazil Railwail). A inacabada "Estrada de Ferro Independência - Picuhy"partiu de Itamataí, pretendia seguir até a vila de Picuí, localizado no Seridó paraibano. Porém por diversos cortes de verbas ao longo dos anos e mudanças constantes de traçado, o ramal chegou a Bananeiras e não mais prosseguiu. A estação está localizada no município de Guarabira, na divisa com os municípios de Pirpirituba e Araçagi
O estado atual da estação é deplorável, porém sua estrutura física ainda continua de pé, mas o telhado, cobertura da plataforma, parede interna, dístico e portas, não existem mais. Além de um armazém que foi totalmente abaixo, não restando nada que pudesse comprovar sua existência. 
Quando o ramal foi desativado em 1999, a estação de Itamataí já estava fechada desde desde a década de sessenta.

A velha estação de Itamataí





Estação de Guarabira














 A estação original nos anos quarenta.

A estação de Guarabira foi inaugurada em 5 de julho de 1884 pela E. F. Conde D'Eu. Foi ponta da linha que vinha desde o Recife de 1884 a 1904, quando se completou a ligação com a estação de Nova Cruz, já no Rio Grande do Norte, unindo a partir de então Recife e Natal por ferrovia. Mais tarde (entre 1922 e 1932) o nome da estação e o da cidade foi alterado para o atual, Guarabira. Não sei o uso do prédio hoje, mas a estação foi desativada em 9/7/1979 pela RFFSA. Por volta da década de noventa, ocorreu reformas em sua estrutura, descaracterizando o prédio original, como a substituição das antigas portas e janelas em arco pela a reta.
Na estação, depois de sua desativação, foram encontradas uma balança W&TAVERY Ltd-CWBR, usada para pesagem de algodão, fabricada pela Birmingham, em 1904 na Inglaterra. Um cofre Milners 212 Patent Eire Resisting, também fabricado na Inglaterra em Liverpool. foi encontrado na estação um relógio da marca GWBR-JN-WALKER'S-NEW BOND'S & FENCURCHS-LONDON, do início do século XX. A balança e o cofre se encontram atualmente na estação nova de Campina Grande. A estação, o armazém, a ponte ferroviária sobre o Rio Guarabira e estes objetos foram tombados pelo IPHAEP em 12 de Dezembro de 2000.
(Fontes: Jônatas Rodrigues, 05/2006; www.guarabira.pb.gov.br; Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960).