domingo, 24 de outubro de 2021

Raridade - Estação de Patos na Década de 1970

Olá amigo do HFPB. Hoje, 24 de outubro de 2021, uma data especial, data esta em que se comemora os 118 anos de elevação a condição de cidade da "Morada do Sol", "Capital do Sertão", "Rainha do Sertão", enfim, alcunhas para descrever a querida cidade de Patos.
No dia 24 de outubro de 1903, a então vila de Patos foi elevada a condição de cidade, se tornando a mais próspera de todo o sertão paraibano, onde hoje supera a marca de 103 mil habitantes. 
Para comemorar esta importante data, fui agraciado pelo patoense Mielly Alves, residente da própria cidade de Patos de uma bela imagem da estação local na década de 1970.
A estação de Patos, como postada anteriormente, foi inaugurada em 19 de abril de 1944, pela RVC (Rede Viação Cearense), como parte de um plano em integrar os trilhos vindos do Ceará com os da Paraíba, fato este consumado apenas em 8 de fevereiro de 1958.
Na referida imagem pode-se observar caminhões Chevrolet 6500 das décadas de 50/60, estacionados ao lado da plataforma, possivelmente para descarregar alguma mercadoria, algodão talvez. Também podemos observar alguns vagões de cargas, Patos era uma importante rota entre a Paraíba e Ceará, e grande parte das cargas, sejam elas as mais diversas, especialmente o algodão, tinha Patos como uma importante parada para abastecimento destas.
A estação atualmente está em relativo bom estado de conservação, apesar do total abandono de todo o ramal do interior paraibano.
Mielly tem um apreço especial pela estação, seu pai, o Sr. Ademar Almeida, foi ex-funcionário da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S/A), desde 1982, e atualmente aposentado. Ademar mora defronte a estação, onde dedicou com muito esforço o trabalho empregado na ferrovia onde foi artificio de via permanente e posteriormente condutor. Exemplo de empregado, onde constituiu família tendo 4 filhos.
Neste dia especial para todo patoense espalhado pelos 4 cantos da Terra, agradeço a Mielly pelo fornecimento desta bela imagem onde remetemos aos tempos áureos da ferrovia na Paraíba.
Deixo aqui meus singelos parabéns para a "Morada do Sol". 

Estação de Patos na década de 1970. Auto desconhecido. Arquivo: Mielly Alves

Sr. Ademar Almeida, ex-funcionário da RFFSA, pai do amigo Mielly Alves. Arquivo: Mielly Alves 

Estação de Campina Grande - Comparativo de Antes e Depois

Olá amigos do HFPB. Ainda em comemoração pelos 114 anos de inauguração da "Estação Velha", pela GWBR (Great Western of Brazil Railway) em 2 de outubro de 1907, como ficou conhecida a primeira estação de Campina Grande, trago um comparativo de algumas imagens históricas da mesma com fotos atuais do mesmo ponto onde estas foram tiradas em vários momentos de sua história. 
Confira abaixo o antes e o depois da estação de Campina Grande:
 
Comparativo - Antes e Depois. Finalização da construção da estação em meados de 1907

Comparativo - Antes e Depois. Inauguração em 2 de outubro de 1907

Comparativo - Antes e Depois. A estação em 1922

Comparativo - Antes e Depois. A estação no início da década de 1930

Comparativo - Antes e Depois. A estação em 1937, recebendo tubulações para o reservatório de Vaca Brava

Comparativo - Antes e Depois. A estação no início da década de 1970

Comparativo - Antes e Depois. A estação no final da década de 1970

Comparativo - Antes e Depois. A estação em meados da década de 1980

sábado, 2 de outubro de 2021

Raridade - Estação de Campina Grande em 1907 - 2 de Outubro, Aniversário de 114 Anos de Inauguração

Olá amigos do HFPB. Hoje, 2 de outubro de 2021, uma data comemorativa. Data esta muito especial para a história ferroviária paraibana e em especial, para a história campinense. Há exatos 114 anos, era inaugurada de forma oficial, o prolongamento de Itabaiana a Campina Grande, consequentemente de sua estação. Percurso de 90 quilômetros, passando pelos atuais municípios de Itabaiana, Mogeiro, Ingá e Campina Grande.
Detalhe, as estações de Lauro Müller, Mogeiro, Ingá e Galante, também foram inauguradas naquele 2 de outubro de 1907.
Foi a partir daquele evento, naquela tarde daquela quarta-feira histórica, que a cidade de Campina Grande passaria por um "boom" sócio-econômico.
Lógico, que não foi apenas a chegada da ferrovia em terras campinenses que foi a maior alavancadora deste desenvolvimento, mas não podemos negar a imensa influencia que este benefício trouxe a cidade e região. 
Em postagens comemorativas em anos anteriores, neste blog, falamos bem sobre este 2 de outubro e sua importância para o cenário econômico paraibano. 
Em junho do corrente ano, foi lançado o livro História de Campina Grande, De Aldeia à Metrópole, dos amigos Vanderley de Brito e Maria Ida Steinmuller. 
Vanderley de Brito é o atual Presidente do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG), função que ocupa desde 2018, Maria Ida Steinmuller é a Presidente de Honra do IHCG. Ambos não medem esforços para o engrandecimento da instituição e da memória campinense.
Trata-se da mais nova obra literária referente a história campinense, história esta muito bem escrita, com linguagem acessível, sem enrolação, que se inicia desde antes de sua fundação, no século XVII, até o final do século XX. 
Este é resultado de amplas apurações de dados preciosos, trabalho este que custou três anos de árduas pesquisas para ambos. Obra esta que recomendo, e muito.
Ótimo livro, com inúmeras imagens, ilustrações e ótimos textos, fazendo o leitor ter uma verdadeira "viagem através do tempo" ao folear suas páginas. No sub-capítulo 10.2, traz perfeitamente a epopeia da chegada da linha férrea a "Rainha da Borborema", tendo uma das principais figuras o então Prefeito Municipal Christiano Lauritzen, personagem este que não mediu esforços em trazer tal benefício a sua terra adotiva.
Para surpresa minha e dos demais leitores, os autores incluíram uma imagem até então nunca publicada em outro meio literário. Se trata de uma bela imagem da estação de Campina Grande em fase de conclusão, imagem esta muito provavelmente tirada entre junho e setembro de 1907. 
Analisando a referida imagem, ela nos traz um grupo de pessoas defronte a estação, aparentemente não dá pra saber quem são, mas é provável, que se tratem de funcionários empregados pela GWBR (Great Western of Brazil Railway), na construção da estação e linha férrea e de alguns populares. 
Os dísticos da estação com os nomes Campina Grande e GWBR ainda não foram confeccionados, o que pode ser observado na foto histórica da inauguração de 2 de outubro.
O que mais me surpreendeu na imagem, foi o aparecimento de uma locomotiva trazendo materiais para a construção de linha férrea. Tratava-se de um "trem de lastro", empregado exclusivamente no emprego de transporte de materiais como lastro (brita), trilhos, dormentes, trabalhadores (estes conhecidos popularmente como cassacos), madeiras, tijolos, entre outros materiais. Em breve trarei uma postagem em análise sobre esta locomotiva, aguardem.
De acordo com a imagem, o trecho defronte a estação ainda não tinha recebido trilhos e dormentes, apenas pedras estavam no lugar. 
Enfim, trata-se de um bela fotografia sem igual, que remete aos tempos áureos do transporte ferroviário brasileiro. 
Agradeço mais uma vez aos amigos Vanderley de Brito e Maria Ida Steinmuller pela brilhante escolha da imagem para compor o riquíssimo acervo gráfico do livro História de Campina Grande, De Aldeia à Metrópole, 2021, e pela disponibilidade.
Deixo aqui este presente em comemoração ao tão famoso 2 de outubro, data esta tão significativa para a história ferroviária paraibana.

Fonte: História de Campina Grande, De Aldeia à Metrópole, Vanderley de Brito e Ida Steinmuller, Centro Editorial IHCG, Campina Grande, 2021. 

Foto raríssima de 1907, antes da inauguração da estação de Campina Grande em 2 de outubro do mesmo ano. Fonte: História de Campina Grande, De Aldeia à Metrópole, Vanderley de Brito e Ida Steinmuller, Centro Editorial IHCG, Campina Grande, 2021. 

O belo e novíssimo livro História de Campina Grande, De Aldeia à Metrópole, Vanderley de Brito e Ida Steinmuller, Centro Editorial IHCG, Campina Grande, 2021. 

Os autores Vanderley de Brito e Maria Ida Steinmuller