sábado, 28 de maio de 2011

Preservação Arquitetônica

Na Paraíba, após a falência da rede ferroviária, os seus conjuntos arquitetônicos ficaram ociosos e sem nenhuma utilidade para a população. Muitos deles entre Santa Rita/Bananeiras/Alagoa Grande, ruíram completamente ou desapareceram diante de reformas urbanas desastradas, praticadas por algumas prefeituras cujos administradores não tiveram nenhum compromisso com a história das suas urbes. Assim, impediram às novas gerações a possibilidade de conhecimento de uma história econômico-social importantíssima, como também a oportunidade de criar museus, bibliotecas e centros culturais em edifícios cedidos pelos administradores da ferroviária.

Dentre os municípios que nada ou pouco têm a mostrar das estações de passageiros, armazéns de mercadorias, caixas d'água, etc., se destacam Sapé, Cachoeira dos Guedes e Itamataí (zona rural de Guarabira), Alagoa Grande, Mulungu, Duas Estradas e Logradouro.


Algumas prefeituras cujos administradores têm outra visão, diríamos progressista, a respeito da conservação do patrimônio histórico da cidade, cuidaram de transformar a paisagem urbana e nela inserir o que restou da Great Western, transformando-lhes os edifícios em hotéis, órgãos da administração municipal, terminais rodoviários e conservando túneis e pontes, mudando e embelezando a paisagem de acordo com o contexto das cidades.


Entretanto, a própria rede ferroviária também dificulta a preservação da sua história quando se omite em certos casos a dar pressa na cessão de edifícios para que se tornem úteis à história da cidade, causando contraste com a preservação do complexo arquitetônico do lugar. Em Duas Estradas, a exemplo, enquanto cedeu à municipalidade parte dos seus antigos prédios que passaram a servir à população, deixa se acabando a antiga plataforma de embarque e desembarque de passageiros, bem como considerável área que poderia ser transformada pela administração atual, servindo ao lazer da população.
É chegada a hora das autoridades e população se irmanarem e reclamarem para que se extinga esse tipo de abuso, sobretudo para garantir a preservação do complexo arquitetônico citadino e enfatizar a história do lugar. 
 

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